sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Nossa História


O Núcleo Itatiaia originou-se da Companhia Bartolomeu Bueno, em reunião com senhoras do bairro Vila Helena no dia 26 de abril de 1955, dando-se a primeira reunião com as meninas a 19 de junho do mesmo ano.


Em 1965 sua sede era na Associação de Assistência à Criança Defeituosa (A.A.C.D.), onde funcionavam todos os grupos do Núcleo: Ciranda Pequeno Príncipe (crianças de 6 à 9 anos normais e paraplégicas), Grupo Bartolomeu Bueno (então integrado por crianças da AACD na faixa etária de 9-12 anos), grupo Marco Pólo (composta por crianças de 12-15 anos sendo uma delas cega) e Clã John Kennedy (composta por meninas de 15-18 anos).


Três anos mais tarde, ou seja, em 1968, o Núcleo deixou a AACD, e, por falta de uma sede, os diferentes grupos dispersaram-se, mantendo suas reuniões onde fosse possível. Assim, a Ciranda passava a funcionar na rua Canário e depois na rua Lavandisca, na casa de Dona Ilara Jordão Robbe; o grupo Bartolomeu Bueno reunia-se no Grupo Escolar Napoleão de Carvalho Freire até o final de 1968 e, a partir de 1969, na Alameda dos Eucaliptos, na casa da bandeirante Juciara; o Grupo Marco Pólo de B2 agrupava-se perto da atual Avenida dos Bandeirantes enquanto o Clã John Kennedy encontrava-se na rua Domingos Jorge Velho, no salão da residência de uma das guias.


Felizmente essa situação só perdurou até 1970 quando, com o fechamento do Núcleo Uirapuru e concessão dos Chefes Nelson e Carlos e a permissão da diretoria do Clube Ipê, na pessoa do Sr. Giannini, o Núcleo Itatiaia passou a funcionar nas dependências desse clube, onde era a sede do Grupo Escoteiro Guia Lopes. Isso permitiu o reagrupamento das diferentes unidades do Núcleo Itatiaia e tornou possível a realização das reuniões no mesmo local e horário.
Por volta de 1974, por necessidade do Clube Ipê, o Núcleo passou por sucessivas mudanças ocupando de início uma sala embaixo da piscina, depois um vestiário desativado próximo à entrada, mais adiante desocupado por exigência do clube, deixando o Núcleo, de novo, sem um local definido para sede. Um abaixo assinado conduzido pelo Núcleo fez com que o clube autorizasse reuniões numa sala de ginástica aos sábados, já que, nos demais dias era usada pelo clube para outras atividades. Na falta de um local para guardar todo o material utilizado para as atividades, este foi distribuído pela residência de pessoas participantes do Movimento. Nas idas e vindas da utilização desse material grande parte se perdeu, inclusive documentos.
Quando o prédio novo do clube ficou pronto, o Núcleo conquistou um espaço em um vestiário para guarda do material que se tornou o ponto de partida para outra seqüência de mudanças.
Finalmente, em 1988, materializou-se o acalentado sonho de uma sede fixa próxima ao parquinho do clube onde, além de guardar o material do Núcleo, era possível desenvolver as atividades. Graças a essa sede definida, o Núcleo, que ai permaneceu por 14 anos, experimentou grande melhoria e ampliação de seu efetivo: em 1996 construiu-se um mezanino; aos poucos as velhas barracas eram substituídas por novas e outras mais adquiridas; diminuiu a rotação das meninas o que possibilitou a formação de maior número de guias e coordenadores. Em suma, houve uma melhoria generalizada tanto quantitativa como qualitativamente.


A conseqüência natural dessa nova situação estendeu-se para a contribuição com serviços que o Núcleo passou a prestar à comunidade. Num primeiro momento recebeu maior número de meninas sem qualquer restrição de classe social, cor ou credo, abrindo-lhes as portas do Bandeirantismo como um segundo lar, oferecendo-lhes orientação moral e cívica, dentro de uma programação educacional que leva à compreensão dos direitos e deveres de um cidadão, para o melhor exercício de sua cidadania. Nesse contexto, também não ficaram à margem os ensinamentos relacionados à integral saúde do corpo, seja em ambiente urbano ou campestre, permitindo-lhes um adequado entendimento dos problemas das grandes cidades ou de áreas rurais através de acampamentos programados que, além de um sadio amadurecimento, proporcionam momentos inesquecíveis de uma juventude bem vivida.


Esses ensinamentos acabam refletindo-se em favor de toda comunidade, numa participação ativa das Bandeirantes em atos cívicos e em campanhas de cunho social, tais como, coleta e distribuição de agasalhos e de alimentos, vacinação de crianças, renovação da pintura em asilos de idosos, oferecendo informações para a reciclagem do lixo ou para a prevenção da AIDS ou, simplesmente fazendo uma rua de recreio para compartilhar com outros jovens a alegria de ser Bandeirante.


O esforço de cada Núcleo tem-se refletido no reconhecimento da sociedade com a utilidade pública da Federação de Bandeirantes do Brasil ( Decreto Lei no. 34463, de 04 de novembro de 1953) e enquadrada entre as 400 maiores entidades beneficentes do Brasil (www.filantropia.org) e, como tal, detentora do Selo de Filantropia.org; recebeu. Prêmio de Divisão de Alimentação e Nutrição de FAO, órgão da ONU em 1999, o Prêmio Bem Eficiente de 1999 da Kanitz & Associados (e-mail: stephen@kanitz.com.br) e indicada como 3ª. Equipe Voluntária 2000, entre 50 entidades vencedoras do IV Prêmio Bem Eficiente (http://www.melhores.com.br/).


A despeito de todo esse empenho e reconhecimento, surgiu a fatalidade da necessidade da demolição da sede do Núcleo Itatiaia, no primeiro trimestre de 2002, pela Prefeitura do Município de São Paulo, para a execução do projeto do Complexo Viário João Jorge Saad. Não obstante o Clube Ipê tenha cedido espaço para a reconstrução da sede, faltaram os recursos para reerguê-la, já que, da parte da Prefeitura não havia qualquer previsão nesse sentido e, do Núcleo Itatiaia, nunca houve o propósito de acumular fundos e sim, investir os poucos recursos no crescimento e na educação de jovens.Foram dois anos de muitos esforços para manter o trabalho sem o espaço que ele requer até que, em 2004, finalmente conseguimos contruir uma nova sede.

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